quinta-feira, 30 de junho de 2011

A velha dor de quem trabalha

Todo mundo j'a ouviu falar sobre DORT (Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho). Parece que eles comecaram a ser registrados na decada de 80. Porem, a dez mil anos atras as dores ocasionadas pelo trabalho j'a nos acompanhavam.

Homens pré-históricos já sofriam de doenças causadas pelo trabalho

Quando o homem começou a ganhar o pão de cada dia com o suor de seu rosto, ao tornar-se agricultor, passou a ter mais pão do que seus primos coletores e caçadores nômades. Mas como todo problema resolvido parece ser o começo de outro, aqueles primeiros lavradores de 10 mil anos atrás, tornaram-se também os primeiros portadores de doenças do trabalho. Pesquisadores ingleses, examinando ossos encontrados na Síria, verificaram que muitos dos habitantes da região do período Neolítico tinham dedos e cotovelos seriamente danificados, além de traços de artrite nos joelhos e na coluna.

A pesquisadora Theya Molleson, do Museu Britânico de História Natural, atribui esses problemas às condições de trabalho na época: “O método para moer os cereais era um sacrifício. As pessoas se ajoelhavam, curvando os dedos dos pés e arrastando-se para frente sobre um moedor natural”. Outro exemplo de doença trabalhista pré-histórica é a osteoartrite, encontrada nas vértebras do pescoço de ossadas no Paquistão. Supõe-se que o mal deve ter sido causado pelo hábito de carregar pesados volumes sobre a cabeça.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Reabilitação vestibular

Esta é uma revisão dos principais aspectos do Sistema Vestibular e da Reabilitação Vestibular. O uso dos exercícios de reabilitação em pacientes com vestibulopatias começou com Cawthorne e Cooksey, em 1940. Porém, somente hoje em dia a reabilitação vestibular está se tornando parte do tratamento de tais pacientes.

Estudos recentes têm documentado a eficácia do tratamento em uma variedade de vestibulopatias. O principal objetivo da R.V. é diminuir o desequilíbrio e aumentar a estabilidade do paciente.

1.Introdução
Apesar dos exercícios terapêuticos vestibulares terem sido introduzidos na década de quarenta, a nível nacional e em alguns outros países, apenas recentemente os fisioterapeutas se interessaram em tratar esta parcela de pacientes (SILVA; MOREIRA, 2000). Através da revisão bibliográfica, pode-se constatar que existe um número reduzido de publicações realizadas por fisioterapeutas a respeito de reabilitação vestibular no Brasil, sendo, na grande maioria, os trabalhos sobre este tema de autoria de médicos e fonoaudiólogos.

O objetivo principal deste trabalho é transmitir uma seqüência dos principais aspectos que envolvem o paciente com disfunção vestibular e a Reabilitação Vestibular.

2.Revisão Bibliográfica
2.1 Anatomia e Fisiologia do Sistema Vestibular

O sistema vestibular se divide em sistema vestibular periférico, que compreende o labirinto, e o sistema vestibular central, que compreende os núcleos vestibulares e as vias vestibulares do tronco cerebral (GANANÇA; CAOVILLA, 1998; WECKX; ANADAN, 1991). O labirinto consiste de duas partes: o vestíbulo (utrículo e o sáculo) e os canais semicirculares (DANGELO; FATTINI, 1997).

A função do sistema vestibular é a de sentir as forças de aceleração lineares e rotacionais. A mais importante dessas forças é a força linear da gravidade. Como o sistema vestibular faz parte do ouvido interno e, portanto, localiza-se dentro da cabeça, é a aceleração da cabeça que é sentida (BERNE; LEVY, 1990).

O sáculo e o utrículo são importantes na percepção da posição da cabeça em relação à gravidade e na orientação dos deslocamentos lineares, detectam as acelerações lineares (MENON; SAKANO; WECKX, 2000). Os canais semicirculares são sensíveis às acelerações angulares (FREITAS; WECKX, 1998). Estes exercem ação sobre o equilíbrio dinâmico (HUNGRIA, 1991).

As informações do labirinto são levadas aos núcleos vestibulares, onde é realizada a coordenação geral do equilíbrio (ALBERNAZ et al, 1997). Além do sistema vestibular, o sistema visual e proprioceptivo também são responsáveis pela manutenção do equilíbrio, sendo que o sistema muscular também desempenha um importante papel (SANVITO, 2000).

Descompensação é o estado de alteração do equilíbrio corporal resultante de lesão unilateral abrupta do sistema vestibular. Esta ocasiona a crise labiríntica com sintomas e sinais auditivos e vestibulares, podendo ocorrer manifestações neurovegetativas (GANANÇA, 1996). A compensação é um mecanismo de recuperação funcional da perturbação do equilíbrio corporal causado por uma lesão vestibular (GANANÇA, 1996).

Os mecanismos de compensação procuram eliminar a assimetria entre o sistema vestibular direito e o esquerdo elaborando respostas vestibulooculomotoras e vestibuloespinhais destinadas a manter não só a estabilização da visão durante os movimentos cefálicos como também o adequado controle postural (GANANÇA; CAOVILLA, 1998 ).

Idade avançada, a permanência em imobilidade, privação sensório-motora, lesões do tronco cerebral e várias drogas como barbitúricos, ansiolíticos, anestésicos, agonistas de acetilcolina, podem retardar a compensação (OLIVEIRA, 1994).

2.2 Vestibulopatias
As vestibulopatias são divididas em dois grandes grupos de acordo com a sua origem: as síndromes vestibulares periféricas (labirintopatias) e as centrais (GANANÇA; CAOVILLA, 1998). Uma vez que o sistema vestibular é, do ponto de vista fisiológico, altamente integrado, é importante comentar que em todas as afecções labirínticas existem alterações centrais funcionais como conseqüência das próprias alterações periféricas (MENON; SAKANO; WECKX, 2000). Por conseguinte, o conceito de doença periférica ou central é exclusivamente anatômico.

O sintoma principal das vestibulopatias é a tontura, que é definida como a sensação de perturbação do equilíbrio corporal, podendo ser rotatória (vertigem) ou não (MINITI; BENTO; BUTUGAN, 1993). A tontura decorre de lesão do sistema vestibular periférico ou central em cerca de 85% dos casos (GANANÇA et al, 1999). Numa pesquisa realizada por BENTO et al (1998) com 230 (146 mulheres e 84 homens) indivíduos com suspeita de distúrbio vestibular, o tipo de tontura mais freqüente foi a instabilidade, seguida de vertigem.

Outros sintomas, direta ou indiretamente relacionados à afecção vestibular, podem ocorrer: cefaléia, escurecimento da visão, nistagmo, distúrbios de sono, zumbidos, perda auditiva entre outros (ALBERNAZ et al, 1997).

As vestibulopatias mais comuns são:

-Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB): Caracteriza-se por vertigem súbita e fugaz, associada a determinados movimentos da cabeça (HERDMAN, 1997; FREITAS). BRANDT (1991, p. 2161) comenta que a VPPB não é apenas induzida por uma mudança da posição da cabeça em relação a gravidade, mas sim por movimentos rápidos da cabeça. Os ataques da VPPB poderiam ser evitados se o movimento fosse realizado lentamente (TROOST; PATTON, 1992).

A exata fisiopatologia da desordem ainda não é completamente entendida. Segundo FREITAS e WECKX (1998) a degeneração do utrículo levaria ao deslocamento de otólitos da mácula, que caíriam no interior do labirinto, provavelmente no canal semicircular posterior, interferindo na fisiologia normal das estruturas ali existentes.

-Ototoxicoses: Pode ocorrer perda auditiva, zumbido e/ou desequilíbrio mais ou menos permanentes, eventualmente progressivos, durante ou após exposição a substâncias ototóxicas, principalmente medicamentos (CAMPOS, 1998). Esta doença é muito comum, podendo ocasionar a vertigem e outros tipos de tontura. Estima-se em mais de dois mil o número de drogas potencialmente tóxicas para o equilíbrio corporal, audição ou ambos (GANANÇA; CAOVILLA, 1999).

-Doença de Ménière: Constitui-se o protótipo das labirintopatias periféricas, embora não seja a causa mais freqüente. Caracteriza-se por uma tétrade sintomática: crises vertiginosas recidivantes, hipoacusia que geralmente piora durante as crises vertiginosas, zumbido no ouvido e sensação de pressão ou plenitude no ouvido (ALBERNAZ et al, 1997).

-Insuficiência da artéria vértebro-basilar: A estenose da artéria vertebrobasilar causa a diminuição do fluxo sanguíneo nos territórios por ela irrigados, determinando o aparecimento de vários sintomas auditivos e vestibulares (GRIEVE, 1994). GRESTY e BROOKES (1997, p. 39) relatam que num estudo realizado com 507 pacientes com vertigem, 32% apresentavam uma diminuição da velocidade de circulação do sangue na artéria vertebrobasilar.

-Labirintite: Trata-se de uma afecção muito rara e extremamente grave (MOUSSALLE; SANT’ANNA, 2000 ). O ouvido interno pode ser comprometido pelas bactérias e pelos vírus, o que é a verdadeira labirintite na acepção da palavra (MENON; SAKANO; WECKX, 2000).

2.3 Avaliação

A avaliação fisioterapêutica do paciente com disfunção vestibular deve constar de uma avaliação funcional, verificação do grau de independência na marcha, estado em que o paciente se encontrava no momento da avaliação, avaliação de força muscular e mobilidade, avaliação postural, avaliação de equilíbrio, propriocepção e coordenação, perguntas relacionadas aos sintomas vestibulares, sobre as crises, problemas auditivos e oculares, testes para verificar a presença ou não de nistagmo e uma avaliação de qualidade de vida do paciente.

THOMSON, SKINNER e PIERCY (1994) sugerem uma escala para a monitorização da tontura. Esta escala pode ser utilizada para monitorar cada exercício. Deve-se considerar uma escala de tontura de 1 a 4:

1. Sem tontura
2. Ligeira tontura (fraca)
3. Tontura moderada
4. Tontura forte

Juntamente com uma escala de resolução de A, B, C, D:

A. Passa rapidamente
B. Passa em menos de 6 minutos
C. Passa em 5-10 minutos
D. Leva mais de 10 minutos para passar

A manobra de Dix-Hallpike (figura 1) refere-se a um procedimento de avaliação para detecção de VPPB. Quando se confirma a VPPB por ductolitíase ou canalitíase, ao posicionar o paciente com a cabeça pendente, pode surgir um nistagmo, associado com vertigem e náusea (SILVA; MOREIRA, 2000).


FIGURA 1 - Manobra Dix-Hallpike
Fonte: BALOH, 1996, p. 33

Deve ser investigado a presença de disfunção temporomandibular, problemas psicológicos e insuficiência da artéria vértebro-basilar (através da rotação e inclinação da cabeça) (CIPRIANO, 1999; MENON; SAKANO; WECKX, 2000).

2.4 Reabilitação Vestibular

Vários são os tipos de tratamento para os sinais e sintomas dos distúrbios de equilíbrio, dentre os mais conhecidos destacam-se os medicamentosos e os cirúrgicos. Atualmente, a reabilitação vestibular também tem sido utilizada com maior freqüência na terapêutica de vestibulopatias (BERGAMO et al, 1999).

A reabilitação vestibular (RV) procura restabelecer o equilíbrio por meio de estimulação e aceleração dos mecanismos naturais de compensação, induzindo o paciente a realizar o mais perfeitamente possível os movimentos que estava acostumado a fazer antes de surgir a tontura (GANANÇA et al, 1999).

A escolha dos exercícios depende basicamente da configuração do quadro clínico das vestibulopatias periféricas e centrais na fase aguda e na fase crônica (GANANÇA; CAOVILLA, 1998; HERDMAN, 1998).

Para se ativar esse processo, é necessário que o paciente use os seus reflexos vestibulares, provocando conflitos sensoriais tanto nos órgãos do ouvido interno e da visão e propriocepção. Infelizmente esses conflitos provocam distúrbios neurovegetativos tão intensos que tornam os pacientes incapazes. Paradoxalmente deve-se encorajar o paciente a se sentir ainda pior para que possa melhorar (BENTO; MINITI; MARONE, 1998).

Porém de acordo com HERDMAN (1997, p. 606) o clichê “o que lhe deixa tonto é bom pra você”, é usado como um critério para os exercícios de reabilitação vestibular, mas isto não é verdade. Movimentos repetitivos da cabeça certamente deixam pessoas sem distúrbios vestibulares tontos também.

As indicações e aplicações clínicas da RV são no tratamento primário aos pacientes portadores de vertigem postural paroxística benigna e de hipofunção vestibular unilateral periférica ou central incompletamente compensada (BARBOSA et al, 2001).

Os Exercícios de Cawthorne-Cooksey são exercícios posturais com movimentos de cabeça, pescoço , olhos e podendo associá-los com a marcha (SILVA; MOREIRA, 2000).

Os movimentos dos olhos e da cabeça devem ser realizados primeiramente devagar e depois rapidamente। Sendo que primeiramente com os olhos abertos e posteriormente com os olhos fechados (GRIEVE, 1994). HERDMAN (1998) cita um estudo realizado com um grupo de pacientes dos quais 84% obtiveram melhora com este protocolo.

Outro recurso é a estimulação plantar e na região cervical, baseadas na propriocepção. As estimulações plantares são realizadas através de técnicas proprioceptivas como por exemplo equilíbrio com almofada sob os pés (SILVA; MOREIRA, 2000). O objetivo é aumentar a atividade cerebelar para aumentar a postura estática e dinâmica do paciente (BARBOSA et al, 2001). Na região cervical, convém a aplicação das técnicas tradicionais de sensibilização com texturas e proprioceptivas (SILVA; MOREIRA, 2000).

Na eletroestimulação cervical é utilizado um aparelho semelhante ao TENS, com o objetivo de promover uma estimulação em fibras proprioceptivas com influencia no reflexo cérvico-espinhal, para propiciar uma ativação ascendente até ao nível dos núcleos vestibulares, simulando as informações que deveriam vir do labirinto acometido (GANANÇA et al, 1995). Este procedimento abrevia cerca de 50% o período de acamação do paciente e restabelece progressivamente o equilíbrio corporal (GANANÇA et al, 1999).

Quando a crise é caracterizada por forte vertigem postural, VPPB, há indicação de exercícios específicos de reabilitação vestibular, denominados de manobras liberatórias (GANANÇA; CAOVILLA, 1998). As manobras mais utilizadas neste caso são:

-Reposicionamento canalicular de Epley: Esta manobra se destina à VPPB unilateral e consiste em sessão única com uma série de posicionamentos cefálicos, com a colaboração do fisioterapeuta. O paciente é colocado rapidamente no posicionamento que provoca a vertigem, com a cabeça pendente virada para um dos lados, por três a quatro minutos.

A cabeça é girada lentamente para o lado oposto, em que o paciente também costuma ter tontura. O paciente a seguir é girado para este mesmo lado e a cabeça é virada até o nariz apontar 45 graus para baixo, por três a quatro minutos. O paciente é finalmente sentado de modo lento e se sentir tontura a manobra deve ser repetida (GANANÇA et al, 1999).

- Manobra de Brandt-Daroff (figura 2): BRANDT e DAROFF (1980) realizaram uma pesquisa com 67 pacientes com VPPB realizando uma manobra no qual primeiramente o paciente é posto em decúbito lateral do mesmo lado do ouvido interno acometido, durante dois a três minutos e posteriormente é posto em decúbito lateral do lado contrário ao acometido.

Sessenta e seis dos pacientes tratados obtiveram um alívio completo dos sintomas entre um período de três a quatorze dias. Dois dos 66 pacientes relataram uma crise de VPPB meses depois, sendo novamente realizada a terapia nos pacientes e então não mais referiram vertigem. Todos os pacientes foram acompanhados durante três anos. O paciente que não relatou melhora com a terapia apresentava uma fistula perilinfática.






FIGURA 2 - Manobra de Brandt-Daroff
Fonte: BRANDT e DAROFF, 1980.
Esta manobra é eficaz em 95% dos casos (VEDA, 2001).





Manobra Liberatória ou Manobra Liberatória de Semont:
FIGURA 3 - Manobra de Semont

HERDMAN et al, 1993.

A manobra liberatória de Semont (figura 3) para a VPPB de canais semicirculares verticais é realizada com o paciente deslocando-se da posição sentada para o decúbito lateral do lado em que o nistagmo de posicionamento é desencadeado, mantendo a cabeça inclinada 45 graus para cima em relação ao plano da maca, por três minutos.

O examinador, segurando a região cervical juntamente com a cabeça do paciente, promove o deslocamento corporal rápido e contínuo do mesmo até o decúbito lateral oposto (aceleração rápida seguida de desaceleração rápida), mantendo o alinhamento da cabeça e do pescoço com o restante do corpo. Na posição final, a cabeça fica inclinada 45 graus para baixo em relação ao plano da maca, com o nariz apontando para o solo (GANANÇA et al, 2001). Há regressão dos sintomas em 70% a 95 % dos casos (HERDMAN, 1997).

Considerando que certos erros alimentares costumam agravar ou até mesmo causar vertigens e outros tipos de tontura, algumas recomendações podem ser úteis, desde que não haja nenhuma contra-indicação médica (GANANÇA et al, 1999).

Algumas medidas preventivas podem ser: evitar jejum prolongado; diminuir o uso de café e bebidas cafeinadas; evitar o fumo, pois de acordo com KIM et al (2000) a nicotina é capaz de produzir nistagmo pela excitação que provoca nas vias do sistema vestibular central; evitar ingestão de álcool, etc. Os resultados de dietas nutricionais em pacientes com vertigem de origem metabólica costumam reduzir os sintomas (GANANÇA et al, 1994).

Não há uma droga específica para tratar a vertigem de cada distúrbio do sistema vestibular. Vários medicamentos não apenas tem um efeito antivertigionoso e/ou antiemético. Os medicamentos antivertiginosos não tratam a doença em si, somente controlam os sintomas (GANANÇA et al, 1999).

3.Conclusão
A partir de uma realização bibliográfica ampla, foi possível observar uma seqüência dos principais aspectos que envolvem o paciente vertiginoso e a Reabilitação Vestibular, desmentindo assim certos conceitos e idéias errôneas que envolvem este tema. Através da revisão, pode-se afirmar que a Reabilitação Vestibular é eficaz no tratamento dos sintomas decorrentes de disfunções vestibulares, diminuindo a intensidade, freqüência e duração destes, melhorando o bem-estar físico e psíquico do indivíduo, proporcionando então uma melhor qualidade de vida à este.

Acredita-se que há a necessidade de uma maior preparação do fisioterapeuta para intervir nesta área, e então assumir seu papel no tratamento das vestibulopatias.


4.Bibliografia:

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3. BARBOSA, M.S.M. et al. Reabilitação Labiríntica: o que é e como se faz. RBM Otorrinolaringologia, v.2, n.1, 1995. Disponível em: http://www.hcnet.usp.br/otorrino/semind.htm Acesso em: 23 jul. 2001.
4. BENTO, R. F.; MINITI, A.; MARONE, S. M. Tratado de otologia. São Paulo: Ed. USP, 1998.
5. BENTO, R. F. et al. Sintomas Vestibulares e Alterações no Exame Eletronistagmográfico: Estudo de 230 casos. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (parte 1), Rio de Janeiro, v. 64, n. 4, p. 397-403, jul-agost. 1998.
6. BERGAMO, P. et al. Reabilitação Vestibular: experiência clínica do HSPE-FMO, IAMSPE. Revista Médica do Iamspe, São Paulo, v. 30, n. 112, p. 13-18, jan-jul. 1999.
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9. BRANDT, T. Man in motion: Historical and Clinical Aspects of Vestibular Function. Brain, [s.l.], v. 114, p. 2159-2174, fev. 1991.
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11. CIPRIANO, J. J. Manual fotográfico: testes ortopédicos e neurológicos. 3.ed. São Paulo: Manole, 1999.
12. DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia básica dos sistemas orgânicos. São Paulo: Atheneu, 1997.
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14. GANANÇA, F. F. et al. Vertigem de Origem Periférica e Central: Orientação Diagnóstica e Terapêutica. Jornal Brasileiro de Medicina, Rio de Janeiro, v. 68, n. 6, p. 71-88, jun.1995.
15. GANANÇA, M. M. et al. Vertigem. Revista Brasileira de Medicina (ed. esp.), Rio de Janeiro, v. 50, p. 193-200, jan. 1994.
16. GANANÇA, M. M. et al. O tratamento da vertigem no idoso por meio de exercícios vestibulares. Atualidades em Geriatria, [s.l.], v. 8, n. 2, p. 11-18, 1996.
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18. GANANÇA, M. M. et al. A vertigem explicada: II Implicações Terapêuticas. Revista Brasileira de Medicina (Caderno de Vertigem), Rio de Janeiro,v. 56, p. 1-15, nov. 1999.
19. GANANÇA, M. M.; CAOVILLA, H. H. Labirintopatias na Infância. In: SIH, T.; NETO, S. C.; CALDAS, N. Otologia e audiologia em pediatria. Rio de Janeiro: Revinter, 1999, p. 277-287.
20. GANANÇA, M.M. et al. As labirintopatias mais freqüentes. Revista Brasileira de Medicina, v.57, n.12, dez, 2000. Disponível em: http://www.cibersaude.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=600 Acesso em: 24 jul. 2001.
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22. GRIEVE, G. P. Moderna terapia manual da coluna vertebral. São Paulo: Panamericana, 1994.
23. HERDMAN, S. J. et al. Single Treatment Approaches to Benign Paroxysmal Positional Vertigo, [s.l.], Arch Otolaryngol Head Neck Surge, v 119, p. 450-454, abr. 1993.
24. HERDMAN, S. J. Advances in the Treatment of Vestibular Disorders. Physical Therapy, Alexandria, v. 77, n. 6, p. 603-618, jun. 1997.
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28. MENON, A. D.; SAKANO, E.; WECKX, L. L (org). Consenso Sobre Vertigem. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (suplemento 11), Rio de Janeiro, v.66, n. 6, parte 2, p. 9-35, nov-dez. 2000.
29. MINITI, A.; BENTO, R. F.; BUTUGAN, O. Otorrinolaringologia: clínica e cirúrgica. São Paulo: Atheneu, 1993.
30. MOUSSALE, S.; SANT’ANNA, G. O enigma do equilíbrio. Zero Hora, 08/07/2000, p. 7.
31. OLIVEIRA, J.A A. Fisiologia do equilíbrio. In: COSTA, S. S.; CRUZ, O. L.; OLIVEIRA, J. A.(org).Otorrinolaringologia: princípios e prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994, p. 66-78.
32. SANVITO, W. L. Propedêutica neurológica básica. São Paulo: Atheneu, 2000.
33. SILVA, A. L. S.; MOREIRA, J. S. Vertigem: a abordagem da fisioterapia. Revista Fisioterapia Brasil, Rio de Janeiro, ano 1, n. 2, p. 91-97, nov/dez. 2000.
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36. VEDA. Disponível em: http://www.tchain.com/otoneurology/ treatment/rehab. html Acesso em: 12 out. 2001.
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fonte: Medcenter

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os direitos do idoso


É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;
II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).
Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
§ 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
§ 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
Art. 5o A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.
Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.
......
Do Direito à Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
§ 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de:
I – cadastramento da população idosa em base territorial;
II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.
§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
§ 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
§ 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei.
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito.
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contactado em tempo hábil;
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos:
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
III – Conselho Municipal do Idoso;
IV – Conselho Estadual do Idoso;
V – Conselho Nacional do Idoso.

fonte: Biblioteca Virtual em Saúde

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Musicoterapia: Aplicações terapêuticas da música clássica






A música é uma importante ferramenta no tratamento holístico. Podemos não perceber, mas o ritmo musical e instrumental podem mudar as vibrações no ambiente, no corpo físico e emocional. A vibração gerada pela música, invande o ambiente, nossa alma, nossa aura, nossos chakras e atua diretamente em nossos pensamentos e sentimentos.

A utilização da música como recurso terapêutico é muito antiga. Na Grécia a música era (e ainda é) considerado remédio para a alma, mas foi na Segunda Guerra Mundial que a musicoterapia ganhou notoriedade como um método  terapêutico, onde, 2 enfermeiras americanas, Harryet Seymour e Isa Maud Ilsen usaram a música clássica para alívio dos sintomas (físicos e psicológicos) dos feridos em guerra.

Baseado nos estudos da musicoterapia clássica, o psiquiatra ingles Robert Schaffer observou os seguintes efeitos dos instrumentos:

PIANO - combate a depressão, a melancolia e estimula a autoconfiança

VIOLINO- combate a sensação de insegurança e estimula a auto estima

FLAUTA DOCE- combate o nervosismo e a ansiedade, estimula o autocontrole

VIOLONCELO- combate a raiva e a culpa , estimula o amor próprio

METAIS DE SOPRO- combate o medo e a inércia, estimula a segurança.
Existe uma infinidade de músicas e ritmos a escolher. Cada qual possui uma vibração apropriados para determinado fim.

O poder da música é terapêutico. Ela nos remete à lembranças, imagens, sensações e recordações. Alimenta o corpo e a alma. O som da música, tem o poder de despertar o mais belo sentimento e acalmar.

Para estimular afeto e harmonia
- Mozart - Concerto para piano número 2, K.467, andante.
- Bach - Ar, suíte, número 3.

Para estimular alegria e bem-estar
- Bach - concerto de Brandenburgo número 3 em lá maior, BWV-1048, allegro.
- Schubert - Quinteto em dó maior, D.667, Opus 114 ; temas e variações.

Para estimular amor e desejo
- Gaetano Donizetti - Andante sustenido para oboé e harpa em fá menor.
- Rodrigo - Concerto de Aranjuez para violão e orquestra, segundo movimento.

Para dissolver ansiedades
- Brahms - sinfonia número 1 em dó.
- Schubert- Opus 90, número 3, em sol maior, piano.

Para dissolver apatia e preguiça
-Beethoven - Opus 129, piano
- Haydn - Serenata, Opus 3, número 5, H3/17

Para dissolver cansaço físico ou mental
- Tchaikovsky - concerto número 1 e, si bemol menor.
- Vivaldi - as quatro estações, Opus 8 número 1 a 4 (inteira).

Para dissolver insônia
- Albinoni - adágio para orgão e violino
- Grieg - melodias para orquestra, Op.34, número 2.
Fonte :
  Teoria da Musicoterapia, Rolando Benenzon,1997.
Nei Naiff, Terapia Holística e Complementar, ed, Nova Era.  

Segue um belo vídeo com o Concerto de Orquestra Sinfônica  que ocorreu no Ópera House, em Sydney, Austrália.

YouTube Symphony Orchestra 2011 Grand Finale

terça-feira, 21 de junho de 2011

Viver

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu
mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer
entendimento.

E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.
O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
Porque há o direito ao grito.

então eu grito.

nem precisa dizer que é alma de Clarice !!!